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Transição energética, combate à fome e reforma da governança global; saiba como vai ser o discurso de Lula na ONU

O presidente Lula fará um apanhando de questões já apresentadas no Mercosul, CELAC, BRICS, G20 e G77

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um discurso focado em transição energética, combate à fome e as desigualdades e reforma da governança global. Segundo fontes do Itamaraty, estes serão os principais pontos do discurso de Lula na abertura da 78ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na próxima terça-feira (19).

Reforma de Governança Global

O petista fará um apanhado de questões que já vêm sendo abordadas por ele em outros grupos econômicos como CELAC, BRICs, G77, G20 e Mercosul, os dois últimos presididos por ele. Lula tem insistido no aumento da participação de países em desenvolvimento na governança de organismos internacionais como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a própria Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil reivindica um assento permanente no Conselho de Segurança da entidade.

Transição Energética

|Para a transição energética, o presidente brasileiro também afirma que o protagonismo na produção de biocombustíveis é dos países do sul global, em especial o Brasil. Ao mesmo tempo, ele faz duras críticas as exigências feitas pelos países desenvolvidos em relação a metas de redução do aquecimento global. Segundo Lula, as nações que se desenvolveram poluindo agora querem que os países em desenvolvimento paguem a conta sozinhos e atrasem suas industrializações por isso.

Combate à fome e Guerra na Ucrânia

A meta de combate à fome e à pobreza até o ano de 2030 também será reforçada. Outro ponto que deve ser abordado por Lula, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, é a defesa da paz no mundo. Neste tópico, entra a Guerra da Ucrânia. Lula e outros líderes do G20, na Cúpula de Nova Délhi, se posicionaram contra o conflito, mas não condenaram o presidente russo Vladimir Putin pela invasão. Na Índia, o brasileiro chegou dizer que o G20 era um foro econômico, por isso o espaço adequado para discuir conflitos geopolíticos, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, seria a ONU.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.