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Alckmin confirma liberação de R$ 741 milhões para auxílio e reconstrução de cidades destruídas por ciclone no RS

Governo liberou R$ 741 milhões para reconstrução dos municípios afetados pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul

Presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSD) visitou cidades destruídas no Rio Grande do Sul neste domingo

O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSD) afirmou neste domingo (10) que o Governo Federal liberou R$ 741 milhões para auxiliar a reconstrução dos municípios afetados pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul e o apoio à população atingida pelas tempestades. A tragédia humanitária na região gaúcha começou na última segunda-feira (4), e o último boletim da Defesa Civil do Estado indica 43 mortes — 46 pessoas, pelo menos, estão desaparecidas e o número de desabrigados e desalojados ultrapassa 11 mil. “Temos três desafios. O primeiro, salvar vidas. O segundo, reconstruir as cidades destruídas. É impressionante a violência das águas. E o terceiro desafio é recuperar a economia”, listou Alckmin em entrevista no início da tarde ao lado do governador Eduardo Leite (PSDB).

O presidente interino chegou à Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, nesta manhã, e uma comitiva ministerial com líderes de oito pastas o acompanhou às visitas às três cidades principalmente afetadas pelos temporais: Muçum, Lajeado e Roca Sales. Alckmin indicou que os R$ 741 milhões liberados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que cumpre agenda oficial na Índia — serão divididos entre os ministérios do Governo Federal. “Foi criado o comitê interministerial para atuarmos na região do Vale do Taquari”, citou o presidente em exercício em referência à região gaúcha mais afetada pela intempérie climática. Os recursos estão divididos da seguinte maneira, segundo Alckmin detalhou parcialmente:

  • R$ 26 milhões para o Ministério da Defesa;

  • R$ 80 milhões para o Ministério da Saúde;

  • R$ 16 milhões para o Ministério dos Transportes;

  • R$ 125 milhões para os ministérios do Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;

  • R$ 57,4 milhões para o Ministério da Previdência Social;

  • R$ 195 milhões Ministério das Cidades;

  • R$ 185 milhões para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional;

“Tudo está autorizado pelo presidente Lula. São R$ 26 milhões para a Defesa porque as operações com os helicópteros e batalhões são muito caras. R$ 80 milhões para o Ministério da Saúde para reconstrução das Unidades Básicas de Saúde, para a Força Nacional do SUS e para o Hospital de Campanha. Mais R$ 16 milhões do Ministério dos Transportes para reconstrução da ponte sobre o Rio das Antas na BR-116", adiantou Alckmin. “Também teremos R$ 125 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos [PAA] e os demais programas sociais. Além de R$ 195 milhões para o Ministério das Cidades para reconstrução das moradias, e outros R$ 185 milhões para auxiliar os municípios a se reconstruírem”, acrescentou. A lista completa de valores ainda será divulgada pelo Governo Federal.

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Na segunda-feira (11), o governo atualizará o número de municípios em situação de calamidade pública; de 79, neste domingo (10), para 88. O presidente em exercício reforçou quais são as ações postas em prática pelo Governo Federal, e sustentou que ainda na segunda-feira será enviada a primeira parcela do auxílio para desabrigados às prefeituras. “O governo pagará R$ 800 por pessoa desabrigada. O dinheiro irá para as prefeituras, que poderão atender a população no aspecto humanitário. A primeira parcela será de R$ 400 e em seguida pagaremos o restante”, indicou.

De acordo com Alckmin, a União entregará 20 mil cestas de alimentos e antecipará os pagamentos do Bolsa-Família, para 18 de setembro, e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), para o dia 25. O Executivo também liberou o saque-emergencial do FGTS no valor máximo de R$ 6.220. “E a Receita Federal, a pedido dos empresários, está prorrogando o pagamento dos tributos federais. Os vencimentos de setembro poderão ser pagos até dezembro, e os de outubro até janeiro”, concluiu.

O governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou na coletiva de imprensa que o desastre humanitário no Rio Grande do Sul “não possui precedentes na história recente”, mas, afirmou que o Governo do Estado completará os recursos necessários para os cuidados com os municípios e com a população. “Não faltarão recursos. O governo não faltará com recursos para que a parte da infraestrutura das cidades seja restabelecida”, garantiu.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.