O ex-ajudante de ordens Mauro Cid depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal às 10h da próxima quinta-feira (24). Esta será a primeira oitiva do ex-auxiliar de Jair Bolsonaro (PL) após as declarações de seu advogado, Cezar Bitencourt, à revista Veja na última sexta-feira (18). Nos últimos três dias, o criminalista sustentou em inúmeras ocasiões que Cid atribuirá ao ex-presidente as ordens recebidas para negociar as joias. A presença de Cid na CPI foi confirmada pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) nesta segunda-feira (21).
Mauro Cid está preso desde o início de maio, sendo investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito dos inquéritos da falsificação de cartões de vacinação — entre eles o do ex-presidente Jair Bolsonaro — e da negociação de joias pertencentes à presidência da República nos Estados Unidos. O ex-ajudante de ordens também é tratado como peça-chave nas investigações conduzidas pela CPMI do 8/1 na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e pela CPI da Câmara do DF.
‘Resolve isso aí, Cid’, teria dito Bolsonaro a então ajudante de ordens
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, declarou à Veja em edição publicada na última sexta-feira (18) e reforçou em entrevista nesta segunda-feira (21) à CNN Brasil que o ex-ajudante de ordens confessará à Justiça ter recebido ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro para negociar as joias. "É uma confissão. [Cid] vai admitir. As provas estão aí, ele vai admitir. Mas isso é início de conversa”, disse Bitencourt à emissora. “Ele era assessor, conhecia o presidente, tinha intimidade. Ele recebeu uma determinação e resolveu”, acrescentou.