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Em dia de operação contra militares ligados a Bolsonaro, Dino cita ‘caminho clássico da corrupção’ com uso de joias

Ministro da Justiça usou suas redes sociais para comentar investigações contra militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro

Ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais para comentar operação da Polícia Federal contra militares

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta sexta-feira (11) que a compra e venda de joias é um “caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro”.

A postagem do ministro nas redes sociais acontece horas depois de a Polícia Federal cumprir quatro mandados de busca e apreensão contra o tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o pai dele, general Mauro Lourena Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti, que também era ajudante de ordens, além do advogado do ex-presidente Bolsonaro, Frederick Wassef.

Todos são investigados por utilizar a estrutura do Estado Brasileiro para desviar presentes entregues por autoridades estrangeiras em missões, e vender os bens de alto valor patrimonial no exterior.

“Muitos veem como um crime ‘seguro’, que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades”, afirmou Dino.

Os mandados judiciais foram cumpridos no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura a atuação das “milícias digitais” que atuam contra a democracia.

Segundo a Polícia Federal, os valores obtidos com as vendas dos patrimônios desviados do Estado brasileiro foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de terceiros, sem passar pelo sistema bancário formal.

A ideia, segundo o inquérito, era ocultar a origem, localização e propriedade dos valores. Os alvos poderão responder pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.