Quatro deputadas federais à esquerda alvos de processos disciplinares que podem culminar em cassação estarão em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (4), para um ato em defesa de seus mandatos. Célia Xakriabá (Psol-MG), Samia Bomfim (Psol-SP), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Érika Kokay (PT-DF) são citadas em ação movida pelo Partido Liberal (PL). A legenda protesta por elas terem chamado de “assassinos” colegas de Legislativo que defenderam o projeto do Marco Temporal Indígena.
O evento em defesa das parlamentares vai acontecer no Armazém do Campo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O estabelecimento está localizado no Barro Preto, na Região Central de BH.
Pelo mesmo motivo, o PL também apresentou representações contra Juliana Cardoso (PT-SP) e Taliria Petrone (Psol-SP).
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reuniu pela última vez na terça-feira (2), mas o encontro terminou
O assunto voltará a ser discutido na próxima reunião do comitê, mas o deputado Rafael Simões (União Brasil-MG) chegou a defender o arquivamento das solicitações. Presidente do PL em Minas, Domingos Sávio, por sua vez, sugeriu uma conversa entre os partidos a respeito do tema.
Entenda o caso
Nas representações, assinadas pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o partido alega que, por causa dos debates a respeito do Marco Temporal, parlamentares à esquerda foram às redes sociais “manchar a honra de diversos deputados”.
O pleito por punição a elas foi levado à Câmara no início de junho. À época, Célia Xakriabá se defendeu. “Parlamentar significa direito de falar. Por que não posso falar de genocídio, de etnocídio legislado?”, perguntou.
Para as deputadas alvos dos processos, há violência de gênero nas representações. Na segunda-feira (7), a direção nacional do Psol