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CPI do MST pode ser prorrogada em 60 dias e deve votar convocação de ministro de Lula nesta terça-feira

Invasão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra à área da Embrapa, em Pernambuco, nessa segunda-feira (1º) deve agitar reunião da CPI

Às vésperas do reinício da CPI que investiga invasões do MST nesses primeiros meses do governo Lula (PT), Delegado Zucco (Republicanos-RS) à frente da presidência da comissão protocolou nessa segunda-feira (31) um requerimento para prorrogar as atividades por 60 dias. O pedido será votado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (1º) na abertura da primeira reunião da CPI após o recesso parlamentar.

Zucco indicou no documento que o pedido de prorrogação acontece para haver tempo hábil para Ricardo Salles (PL-SP) concluir o relatório final. O presidente da CPI do MST alegou que as próprias férias parlamentares atrasaram o andamento das atividades e argumentou que ainda serão realizadas ‘uma série de audiências públicas’. “Vamos pedir pelo menos mais dois meses de prorrogação da CPI. Entendemos que o recesso acabou interferindo nos trabalhos, além de votações como a reforma tributária. Precisamos de mais tempo para desenvolver os trabalhos e concluir o relatório”, afirmou Zucco.

A audiência da CPI do MST desta terça-feira (1º) será marcada pelo depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias. Entretanto, a invasão da área da Embrapa em Pernambuco nessa segunda-feira (31) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deve também pautar as discussões na Câmara dos Deputados nesta tarde. Ainda na reunião, há expectativa de que sejam votados os três requerimentos propostos que exigem a convocação de Paulo Teixeira (PT), ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Por que Gonçalves Dias será ouvido? O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) será ouvido sobre as invasões registradas durante o governo Lula nos três primeiros meses deste ano. À época, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava sob o guarda-chuva do GSI — e que hoje integra a Casa Civil.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.
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