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Após convocação de Nikolas e mais quatro, ex-diretor da Abin falará à CPMI

Saulo Moura da Cunha prestará primeiro depoimento após recesso do Congresso Nacional, na próxima terça (1º)

Saulo Moura da Cunha prestará depoimento à CPMI do 8 de Janeiro na próxima terça

O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, será o próximo a prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos que levaram ao 8 de janeiro. A oitiva está marcada para a próxima terça-feira (1º) - quando os trabalhos são retomados no Congresso Nacional.

O depoimento de Saulo Moura da Cunha foi aprovado pela comissão após requerimentos de convocação por parlamentares da oposição: os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Pastor Marco Feliciano e Delegado Ramagem (PL-RJ), ambos do PL do Rio de Janeiro, e os senadores Magno Malta (PL-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF).

Nos pedidos, os parlamentares alegam que, como diretor da Abin à época dos fatos, competia a Saulo o planejamento, execução, coordenação, supervisão e controle das atividades de inteligência do país, além do assessoramento do Presidente da República.

Outro argumento utilizado pelos deputados e senadores da oposição são as imagens internas do Palácio do Planalto, que mostram agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob comando da Abin, em meio aos bolsonaristas que depredavam a sede do Poder Executivo federal.

Nos bastidores, é dada como certa que a convocação do ex-diretor da Abin à CPMI foi uma espécie de “moeda de troca” para que os governistas pudessem convocar, sem maiores resistências, o ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres, à comissão. O depoimento, no entanto, ainda não está marcado.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.