O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), disse, neste sábado (22), que a Política Nacional de Transição Energética, prevista para ser lançada em agosto, tem potencial de gerar investimentos de R$ 2 trilhões na próxima década. A projeção foi feita por ele durante uma das agendas da cúpula do G20, em Goa, na Índia.
“Tudo isso (as bases da Política de Transição Energética) está sendo construído em plena integração com o setor privado, em ampla harmonia com os demais setores governamentais e em contínuo e franco diálogo com a sociedade brasileira”, afirmou Silveira, durante reunião com ministros de outros países para debater, justamente, o fomento às fontes renováveis de energia.
Chefe da delegação brasileira em solo indiano, Silveira apontou a mudança na lógica das matrizes energéticas como o melhor caminho para combater as mudanças climáticas.
“Aproveito para reforçar a mensagem do presidente Lula: não podemos perder o embalo de implementar ações concretas para o combate às mudanças climáticas e a promoção da transição energética, buscando dela extrair também sentido social e alcançando a construção de nações prósperas”, falou.
Aliança por biocombustíveis
Índia, Brasil e Estados Unidos lideram a Aliança Global para os Biocombustíveis (Global Biofuels Alliance, em inglês). A cooperação foi lançada neste sábado, em Goa. O objetivo é ampliar o debate internacional sobre os combustíveis biossustentáveis, movimento que impulsiona a transição energética.
“Não podemos abrir mão de encontrar as soluções econômicas, tecnológicas, sociais e ambientais possíveis para que a transição energética ocorra, considerando as diferentes realidades de cada país e os compromissos diplomáticos que nossos países assumiram em momentos anteriores”, defendeu o ministro.