Ainda acumulando a liderança de Governo, o deputado estadual Gustavo Valadares (PMN) disse nesta quinta-feira (29) que a sua nomeação como secretário de Governo foi um gesto de Romeu Zema (Novo) à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Ainda com dores e mancando, Valadares falou com a imprensa pela primeira vez desde que foi nomeado para o cargo na noite de quarta-feira (28). Ele retirou o apêndice no início da semana, mas mesmo assim está na ALMG para articular a aprovação do projeto que autoriza a adesão ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF) e do reajuste em 12,84% do piso da educação básica.
A oposição está em processo de obstrução na tarde desta quinta-feira porque o PAF é pré-requisito para Minas Gerais aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Por outro lado, a base governista afirma que o projeto precisa ser aprovado até o fim do dia. Caso contrário, o governo de Minas terá que pagar R$ 15 bilhões à vista para o governo federal.
Já em relação ao piso da educação, o governo tenta barrar uma emenda do deputado Sargento Rodrigues (PL), apoiada pela oposição, que autoriza a concessão do mesmo reajuste da educação para a segurança pública. Uma emenda do deputado Jean Freire (PT) faz o mesmo para os servidores da área da saúde, mas de forma vinculativa. Ou seja, se aprovada, a recomposição da saúde seria obrigatória.
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“(A nomeação) é um aceno do governo à Casa e uma demonstração de que o governo reconhece que a Casa tem bons quadros e de que precisa estar ainda mais próximo do Parlamento, mantendo uma interlocução ainda mais direta. Foi um aceno positivo”, disse Gustavo Valadares.
Ele afirmou que ficou honrado com o convite e feliz de ter sido referendado pelos demais deputados, tanto da base de governo quanto da oposição. “Há um sentimento, quase que unânime, de que é importante a presença de um parlamentar lá (no governo) para estreitar a relação”, acrescentou o novo secretário de Governo.