Terceiro ministro a votar na sessão que julga Jair Bolsonaro (PL) na ação por abuso de poder, Floriano de Azevedo Marques classificou como “anormal” e “imoral” a postura do ex-presidente durante reunião com embaixadores em julho do ano passado.
A ação julgada nesta quinta-feira (29), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indica que o então chefe do Executivo cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação durante encontro com diplomatas. Na reunião transmitida pela TV Brasil, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral do país.
O ministro declarou adotando tom incisivo que o então presidente convocou o encontro com “claro objetivo eleitoral” e tratou embaixadores como “coadjuvantes de um teatro, reduzidos a observadores passivos de um ato de campanha que, ao invés de um lanche, nas palavras da defesa, receberam água, café e pão de queijo”.
Em relação à prática explícita de abuso de poder, o ministro indicou que Bolsonaro “mobilizou o poder de presidente da República para emular uma estratégia eleitoral, agindo de forma anormal, imoral e de sobremaneira grave”.
Bolsonaro inelegível?
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é julgado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação do governo. O processo partiu de uma ação do PDT depois de uma reunião do então presidente com embaixadores em julho do ano passado. No encontro transmitido na TV Brasil, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral do país.