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Girão critica ação da PF contra Marcos do Val: ‘arbitrariedade do STF’

Senador do Novo foi à tribuna do plenário dar apoio a colega alvo de busca e apreensão nessa quinta-feira (15)

Eduardo Girão demonstrou apoio a Marcos do Val

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, nesta sexta-feira (16), a operação de busca e apreensão feita por agentes da Polícia Federal (PF) em endereços ligados ao também senador Marcos do Val (Podemos-ES). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No plenário do Senado, Girão classificou o caso como “arbitrariedade” da Suprema Corte.

“O Brasil assistiu estarrecido, e continua assistindo, mais uma arbitrariedade vinda de nossa Corte Suprema ao mandar a Polícia Federal fazer busca e apreensão no escritório, na residência e no gabinete, aqui nesta Casa, o Senado Federal”, disse.

A decisão de Moraes não foi divulgada, mas no início do ano, abriu uma investigação contra Marcos do Val por ter dito saber de um suposto plano golpista que envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). O magistrado determinou que o senador preste depoimento à PF.

O parlamentar teve o celular recolhido e contas em redes sociais retidas — o que Girão chamou de “gravíssimo”.

“Esse celular já tinha sido apreendido e devolvido quando Marcos do Val foi prestar depoimento à Polícia Federal. Por que a nova apreensão?”, protestou.

Apelo a colegas

Ainda durante o pronunciamento, Eduardo Girão pediu aos colegas de Senado Federal que se manifestem contrariamente à operação contra Marcos do Val.

“É inadmissível nosso silêncio — ou qualquer tipo de chacota. É momento de se posicionar para defender esta Casa, que completa 200 anos no ano que vem e tem uma péssima imagem, cada vez pior, perante à população”, falou.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.