Os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro aprovaram, nesta terça-feira (13), requerimentos que pedem a convocação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na lista estão o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era chefe da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) à época das manifestações antidemocráticas.
Senadores e deputados federais definiram, ainda, que vão tomar os depoimentos de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e do general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), também vai ser chamado.
A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), refutou alegações de “parcialidade” reverberadas por aliados de Bolsonaro na comissão.
“Fizemos um plano de trabalho e, nele, deixamos claro, o alinhamento cronológico que seguiremos para descobrirem quem foram os autores intelectuais, quem arquitetou e quem financiou o 8 de janeiro”, disse.
Convites negados
A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu derrubar requerimentos presentes na pauta de votações desta terça-feira. O convite ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), foi negado, bem como pedido de depoimento do general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI.
As derrotas geraram protestos na oposição ao Palácio do Planalto. “Essa CPMI já virou circo”, criticou Marco Feliciano (PL-SP).