Ouvindo...

‘Cultura Viva’: vereadores de BH aprovam projeto sobre apoio a quem produz arte nos bairros

Ideia do texto, que segue para sanção do prefeito, é fomentar os ‘pontos de cultura’, como grupos de dança e teatro, bem como bibliotecas públicas

Os vereadores de Belo Horizonte aprovaram, nesta segunda-feira (5), em 2° turno, projeto de lei (PL) que estabelece a Política Municipal Cultura Viva. O texto trata de mecanismos de apoio aos “pontos de cultura”, que desenvolvem ações socioculturais nos bairros da cidade.

Os “pontos de cultura” são grupos, coletivos e associações sem fins lucrativos responsáveis por ofertar atividades de dança, música e teatro. Bibliotecas comunitárias, entidades de bairros, hortas e festivais tradicionais também são contempladas pelo PL da Cultura Viva.

A proposta foi construída pela vereadora Cida Falabella, do Psol, em parceria com a correligionária Bella Gonçalves, hoje deputada estadual. Neste momento, a cidade tem 57 pontos de cultura cadastrados. A expectativa é chegar a mais de 200.

“É uma pequena revolução na cidade. Uma revolução pela arte, pela cultura e pela economia. Uma revolução cidadã”, disse a vereadora.

Para que passem a valer, os mecanismos de Cultura Viva precisam ser sancionados pelo prefeito Fuad Noman (PSD). O cadastro dos pontos de cultura ocorre por meio de editais, e a expectativa é que os repasses federais oriundos das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc ajudem a fomentar esses locais.

Segundo Cida Falabella, além de auxiliar os fazedores de arte, a Política de Cultura Viva é essencial para levar a cultura às periferias.

Cultura religiosa gera discordâncias

Integrante da Frente Cristã da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Flávia Borja (PP) votou contra a proposta.

“A cultura cristã não está incluída explicitamente nesse projeto. Outras culturas estão explicitadas bem detalhadamente”, falou, ao justificar sua posição.

Cida Falabella, porém, afirmou que o texto aprovado tem um artigo sobre cultura e religiosidades.

“Cabe tudo o que é arte e transborda das manifestações religiosas, como a cultura gospel. Na Igreja Católica, temos as obras de arte no teto das igrejas barrocas”, defendeu.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.
Leia mais