O ministro Alexandre de Moraes relembrou a operação contra um grupo de empresários autorizada por ele mesmo, em agosto do ano passado, para criticar a disseminação das notícias falsas.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ironizou os empresários, dizendo que eles “perderam o medo e a noção”, mas que depois da operação, voltaram a ter medo.
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“Tivemos empresários que perderam a noção e o medo, depois ganharam o medo de novo, filmando ameaças aos trabalhadores, que se não votassem em tal candidato iriam mandar embora. Precisamos combater isso, porque não faz bem à democracia. Isso afeta a liberdade do voto, na medida que você está coagindo o eleitor”, afirmou Moraes.
Em agosto do ano passado, Moraes autorizou uma operação da Polícia Federal contra um grupo de empresários que teriam defendido, em conversas de WhatsApp, um golpe de Estado no Brasil se Lula fosse eleito presidente.
O ministro autorizou ações de busca e apreensão na casa de empresários de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e determinou ainda a quebra de sigilo bancário e bloqueio das redes sociais do grupo.
Moraes participou na manhã desta sexta-feira (2) do Encontro Nacional de Segurança nas Eleições, que acontece no Clube dos Oficiais, em Belo Horizonte. O ministro do Supremo citou novos desafios da Justiça Eleitoral na eleição de 2022 e disse que foram necessárias respostas duras para combater milícias digitais que propaga notícias falsas.
“O que nós fazemos, o que cada TRE faz, sob a coordenação do TSE, poderemos exportar para outros ramos da segurança pública. Nós tivemos vários desafios novos. A questão da inteligência na segurança sobre as fake news. A Justiça Eleitoral precisou sair de uma posição minimalista para atuar no combate a essas verdadeiras milícias digitais que propagavam - e continuam propagando mas agora não é mais uma terra sem lei -, não só o ódio e o fim da democracia, mas também amedrontava o eleitor. Queriam direcionar o eleitor, amedrontar para que eles não comparecessem”, afirmou Moraes.
