O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), anunciou nesta quinta-feira (25) que a tarifa-base dos ônibus que circulam na cidade
Para que a
Entenda:
“É importante a gente poder voltar a passagem a R$ 4,50 e criar as condições de complementar as passagens com esses recursos - estamos falando em R$ 512 milhões destinados a completar o valor da passagem. Com isso, vamos ter melhoria no serviço”, disse Fuad, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte, no Centro.
O acordo em torno da divisão dos R$ 512,8 milhões foi selado durante reunião entre Fuad e o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido). “É hora de os vereadores apertarem os cintos e a gente economizar os gastos no Legislativo para que esse dinheiro volte à prefeitura e garanta a passagem a R$ 4,50”, disse o vereador.
Empresas vão ter de cumprir contrapartidas
O PL que autoriza o aporte público no sistema de ônibus lista uma série de contrapartidas a serem cumpridas pelas empresas. São elas: tarifa zero nas linhas que circulam e vilas e favelas; passe livre a cidadãos que utilizarem os ônibus por causa de tratamentos do Sistema Único de Saúde (SUS); passe livre estudantil integral; tarifa social para quem está procurando emprego; e passes gratuitos para mulheres vítimas de violência doméstica no deslocamento entre a residência e a rede de Serviços de Atendimento às Mulheres.
“Ônibus novos serão comprados, vamos ter mais coletivos circulando e menos gente nos ônibus. Isso não acontece de um dia para o outro. É um processo em que vamos definir regras, mas dentro de muito pouco tempo teremos um transporte coletivo em BH, acabando com essas confusões”, projetou o prefeito.
As empresas terão que comprar 180 novos ônibus para circular em Belo Horizonte e aumentar o número de viagens em 10%. Além disso, outros 240 veículos que já excederam a idade máxima terão que ser substituídos. Segundo Fuad Noman, ele irá publicar um decreto determinando o cronograma com os prazos para que isso ocorra. No total, serão 420 novos ônibus no sistema de transporte.
O tamanho do subsídio era um dos impasses em torno do preço das tarifas. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) chegou a reivindicar o recebimento de R$ 740 milhões para voltar a cobrar R$ 4,50 dos passageiros. Na semana passada, porém, as partes
Faltava, apenas, definir as fontes de custeio dos recursos. A possibilidade de a Câmara Municipal complementar parte do subsídio já vinha sendo aventada desde o início da semana.
Suplementares ajudam a destravar acordo
Havia a expectativa pelo aval ao projeto de subsídio na Comissão de Legislação e Justiça da Câmara na terça-feira (23). Um impasse em torno de demandas dos permissionários dos ônibus suplementares — os “amarelinhos” —
Os permissionários vão passar a pagar taxa de 3% das receitas ao Consórcio Transfácil pelo uso da bilhetagem eletrônica — que permite o pagamento das passagens por meio de cartões. O objetivo é que o novo índice amplie os lucros dos suplementares.
Segundo Gabriel, além das gratuidades, os empresários do sistema convencional vão ser submetidos a mecanismos de controle dos combinados.
“Empresário que não prestar o serviço no horário, com ônibus decente sem estar caindo aos pedaços, e com o ar-condicionado ligado, não recebe (o subsídio).”