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Itamaraty espera dez presidentes, incluindo Maduro, para cúpula sul-americana no dia 30

Até mesmo o equatoriano Guillermo Lasso, que passa por um processo de impeachment, acenou ao chanceler Mauro Vieira que estará no encontro

Nicolás Maduro deve voltar ao Brasil para encontro de líderes sul-americanos

A cúpula de presidentes da América do Sul, que o governo brasileiro promoverá no dia 30 de maio, em Brasília, já tem a sinalização de presença de dez líderes estrangeiros, incluindo o venezuelano Nicolás Maduro, segundo informaram fontes do Itamaraty à CNN.

A única ausência provável é a da peruana Dina Boluarte, que assumiu em dezembro de 2022, depois de uma tentativa fracassada de autogolpe do antecessor Pedro Castillo. Ela não tem ninguém na linha sucessória para substituí-la na presidência em caso de viagens ao exterior.

Até mesmo o equatoriano Guillermo Lasso, que passa por um processo de impeachment, acenou ao chanceler Mauro Vieira que estará no encontro do dia 30. Lasso e Vieira se reuniram em Quito, no começo de maio, quando o ministro brasileiro entregou pessoalmente o convite para a cúpula.

O Itamaraty dá como certas as presenças de Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile), Luis Lacalle Pou (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia). Vieira também viajou para Bolívia, Suriname e Guiana a fim de convidar seus respectivos presidentes – todos sinalizaram positivamente.

Mario Abdo, do Paraguai, é outro que comunicou a intenção de comparecer. A princípio, no entanto, ele não deve estar acompanhado de Santiago Peña – seu correligionário do Partido Colorado que foi eleito há duas semanas e tomará posse em meados de agosto.

Maduro pretende ir a Brasília

Caracas, por sua vez, já informou que Nicolás Maduro pretende ir a Brasília. O Itamaraty agora está empenhado em garantir que o venezuelano não tenha imprevistos com o abastecimento de sua aeronave presidencial.

Por causa das sanções econômicas dos Estados Unidos à Venezuela, Maduro cancelou sua viagem ao Brasil para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro.

Na ocasião, para evitar qualquer tipo de penalidade das autoridades americanas, a Vibra (dona da antiga BR Distribuidora) não assegurou o fornecimento de combustível.

De acordo com nota divulgada recentemente pelo Itamaraty, o objetivo da reunião é “promover um diálogo franco entre todos, com vistas a identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reativar a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave”.

Temas como saúde, mudanças climáticas, defesa, combate aos ilícitos transnacionais, infraestrutura e energia foram citados na nota da chancelaria brasileira.

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