O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta terça-feira (9) preferir o teto de gastos, do governo de Michel Temer, ao
“A questão do gasto governamental precisa ser controlado. Um governo que não tem recursos, não vai fazer, adequadamente, a sua missão, que é gerar desenvolvimento e empregos”, disse Zema em entrevista a jornalistas após o evento.
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Segundo o governador mineiro, o arcabouço fiscal precisa ser mais discutido no Congresso Nacional.
“A questão do arcabouço precisa ser muito bem discutida e ter mecanismos em que, caso o gasto supere o previsto, haja uma correção imediata e punições. Caso contrário, como sabemos, a classe política e o poder público como um todo, sempre tem a propensão a gastar mais que o previsto, algo quase que natural no setor público”, disse.
Ainda de acordo com Zema, ter as contas públicas em dia é o que vai fazer com que “a taxa de juros caia”. “Uma coisa leva a outra”, afirmou.
A taxa básica de juros é o principal ponto de entrave entre a equipe econômica do governo federal e o Banco Central - que mantém o índice em 13,75% e cuja ação é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Teto de gastos ou arcabouço fiscal?
Ainda de acordo com Zema, na entrevista coletiva, o teto de gastos, aprovado pelo governo de Michel Temer em 2016, é melhor que o arcabouço fiscal proposto pelo governo Lula neste ano. O governador, no entanto, diz que o mecanismo poderia abrir exceções para investimentos.
“Ele já está pronto, poderíamos usar o teto de gastos que está pronto e simplesmente termos ali um tratamento especial para investimentos em rodovias e outros investimentos que passam a fazer parte de um ativo. Eu julgo esse caminho mais adequado, mas eu não sou congressista. Essa é uma avaliação como gestor do estado de Minas Gerais”, completou.