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Privatizações e recuperação fiscal: Igor Eto fala sobre próximos desafios do governo Zema

Secretário de Governo, Igor Eto avaliou as próximas votações que devem ser propostas pelo governo na Assembleia de Minas

Secretário de Governo, Igor Eto, participou nesta quinta-feira

O governo de Minas já estuda projetos de privatização da Cemig e da Copasa que serão enviados para análise da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em entrevista exclusiva à Itatiaia nesta quinta-feira (4), o secretário de Governo, Igor Eto (Novo), afirmou que as discussões com os deputados já começaram e que não se trata mais de uma pauta ideológica, mas prática.

“Superada a pauta da Reforma Administrativa, o nosso propósito agora é começar a discussão, de forma incipiente e sondando os deputados, mas queremos tratar de desestatizações. Não é agora uma pauta ideológica, mas uma página prática. A Cemig e a Copasa são companhias que precisamos pensar nelas para destravar o desenvolvimento de Minas Gerais”, afirmou o secretário.

“Quantos cidadãos não reclamam da falta de energia em suas casas, da água suja quando abre sua torneira, da falta de água? Quantas empresas deixam de investir em Minas? Quantas estão operando com gerador porque a Cemig não tem condição de colocar energia na cidade?”, continou Igor Eto.

O governo de Minas, no entanto, não fala em prazos para que o projeto seja apresentado oficialmente na ALMG e nem fala abertamente de quando espera que os temas das privatizações sejam votados.

Adesão ao RRF

O secretário afirmou que tanto as privatizações de estatais como a adesão do governo de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) foram amplamente defendidas pelo governador Zema em sua candidatura à reeleição.

“A facilidade que nós temos de defender os próximos projetos que o governador vai enviar à ALMG passa pelo fato de que essa agenda não é oculta e foi apresentada durante a campanha do governador. O governador disse reiteradas vezes na campanha sobre a necessidade de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, no que toca a estabilidade fiscal de Minas Gerais. Foi feito um trabalho grande nos últimos quatro anos de colocar ordem na casa, mas precisamos pensar no futuro e na sustentabilidade fiscal de Minas Gerais. O RRF continua sendo uma pauta importante para nós e estamos rediscutindo com o governo federal. O regime é a renegociação da dívida do Estado com a União, então, se trocou o governo federal nós também temos que dialogar novamente com o governo federal. Mas ele segue na nossa pauta com a ALMG”, disse Igor Eto.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.