O presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) se desculpou neste sábado (22) por
Lula, que está em viagem oficial a Portugal, aproveitou a
“Destaco esse acordo também pois gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada, durante reunião sobre violência nas escolas. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir”, publicou Lula.
"É por isso que quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala. Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo.”, explicou.
A sequência de posts terminou com a seguinte declaração: “Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade.”
Declarações capacitistas
Na última terça-feira (18), o presidente reuniu representantes dos Três Poderes para debaterem soluções para a onda de ataques e ameaças contra escolas em todo o país.
Na ocasião, ao falar sobre as ameaças Lula se referiu a pessoas com “problema de deficiência mental”.
“A OMS [Organização Mundial da Saúde] afirmou que, na humanidade, deve ter 15% com algum problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro e o Brasil tem 220 milhões de habitantes, são quase 30 milhões com problema de desequilíbrio de parafuso”, disse o presidente.
Repercussão
O apresentador Marcos Mion divulgou um vídeo em uma rede social em que critica o termo usado por Lula para se referir a pessoas com deficiência intelectual.
“Essa fala chocou todo mundo e foi considerada capacitista, que é um crime, por especialistas e por pessoas da comunidade atingida”, disse Mion, que tem um filho com autismo.
“O termo usado há muito anos é deficiência intelectual e não mental, como Lula usou. A gente tem que se policiar e aprender e tem que se adequar”, disse no vídeo divulgado no fim da noite de quinta-feira (20).
Veja a fala completa do apresentador: