A ex-presidente Dilma Rousseff tomou posse na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (13) e defendeu que o banco priorize ações de combate à pobreza e às desigualdades sociais, usando moedas locais para novos projetos de investimento.
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“Vamos desenvolver modelos de financiamento inovadores, capazes de alavancar recursos públicos e privados para obter o máximo impacto. Captaremos recursos dos mais diversos mercados mundiais, em diferentes moedas, como renminbi, dólar e euro. Buscaremos financiar nossos projetos em moedas locais, privilegiando os mercados domésticos e diminuindo a exposição às variações cambiais. Nosso objetivo é construir alternativas financeiras robustas para os países-membros”, afirmou Dilma.
No discurso de posse, Dilma destacou o compromisso do banco na mobilização de recursos para investimentos em “energia limpa e eficiente, infraestrutura de transporte, água e saneamento, proteção ambiental, infraestrutura social e infraestrutura digital”.
Segundo Dilma, o NDB vai dar “grande prioridade” ao levantamento de fundos próprios para o financiamento de projetos. O banco, segundo a ex-presidente do Brasil, está em uma “posição única para liderar o caminho ao modelo de desenvolvimento de um mundo próspero”, respeitando as características de cada país.
Os integrantes do Brics somam população de 3 bilhões de pessoas e Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 25 trilhões.
Dilma disse ter uma forte conexão com o NDB, pois o banco foi criado em um encontro dos líderes do Brics em Fortaleza, em 2014, durante seu primeiro mandato à frente do Brasil. “Com o presidente Lula, o Brasil reassume papel decisivo como líder regional e global”, disse.