Áudios interceptados pela Polícia Federal na
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Um dos transferidos foi Marcos Willians Camacho, o Marcola, principal líder do grupo, removido de São Paulo para a Penitenciária Federal de Brasília, onde permanece. O grampo é de fevereiro de 2019, um mês após as transferências.
Um dos áudios é de um integrante do PCC conhecido como Elias, que seria uma espécie de tesoureiro da facção, segundo investigadores da PF. No áudio ele xinga Moro, que tinha acabado de assumir o comando do ministério.
Ouça o áudio:
“Os cara ‘começou’ o mandato agora, irmão. Agora que eles começaram o mandato. Já mexendo diretamente com a cúpula, irmão. Em quem está na linha de frente. Então se os caras já ‘começou’ a mexer em quem está na linha de frente, os caras já chegam falando o quê? Com nós já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estavam tendo diálogo com outros, que estavam na frente, com nós não vai ter”, diz um trecho da ligação.
Em outro ponto, xinga o ex-juiz da Lava Jato: “Esse Moro aí, mano, esse cara é um filho da p*** mesmo. Ele veio pra atrasar”
“Nós tiramos a liderança, vai dar uma balançada. Aí, dá uma balançada por quê? Porque outros vão ter que assumir o lugar daqueles que saíram. Mas só que também tem um ponto de interrogação. Quem vai assumir no lugar daqueles que saiu não têm autonomia do que os que ‘saiu’ têm?”, questiona um integrante do PCC, que estava em um presídio do Paraná.
Na investigação, foram descobertos os planos avançados do PCC para sequestrar e matar Sergio Moro, o promotor Lincoln Gakiya, um comandante da Polícia Militar de São Paulo e outros agentes públicos.
Na quarta-feira (22), a PF deflagrou a operação Sequaz para prender nove criminosos em São Paulo. Duas pessoas estão foragidas no Paraná.