Candidato à presidência do Congresso Nacional, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) desistiu da candidatura para apoiar Rogério Marinho (PL-RN). Colega de partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marinho é oposição ao atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que disputa a reeleição nesta quarta-feira (1º). Após um discurso que ultrapassou os 15 minutos pré-determinados no início da sessão, Girão esclareceu o porquê do apoio a Marinho.
“Se tem alguém com mais chance de garantir a alternância de poderes, mesmo não defendendo tudo que penso e proponho, porém que possa trazer a expectativa de mudança do rumo desta Casa, não tenho nenhum problema em apoiá-lo para o bem do Senado e do Brasil. Rogério Marinho, meu voto e meu apoio são seus. Que você possa ser a renovação tão aguardada por milhões de brasileiros”, declarou.
Ministros de Lula tomam posse no Senado e acreditam em reeleição de Rodrigo Pacheco
Em dia de posse no Senado Federal, três dos ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) eleitos para ocupar cadeiras no Congresso Nacional compareceram à solenidade na tarde desta quarta-feira (1º) e disseram acreditar na reeleição de
Ministro do Desenvolvimento Social e senador reeleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT-PI) acredita que Pacheco obterá com folga mais da metade dos votos dos parlamentares. “Estou mais otimista que as previsões feitas até agora. Em torno de 50 senadores compreendem a importância deste momento para o Brasil e a importância de manter Rodrigo Pacheco na presidência”, cravou.
Outro ministro de Lula, Renan Filho (MDB-AL), à frente da pasta dos Transportes, crê que a bancada de seu partido garantirá nove votos ao atual presidente do Senado. “Temos dez senadores na bancada do MDB. Esperamos entregar, pelo menos, nove votos”. Filho não avaliou os reflexos de uma possível vitória de Rogério Marinho, candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A vitória de Pacheco significará o fortalecimento de nossas bases democráticas, significará o Congresso Nacional fortalecido para colaborar com o Executivo em um projeto de reconstrução nacional”, disse. “O Brasil foi muito aviltado nos últimos anos, precisa voltar a crescer, gerar empregos e desenvolver a economia”, concluiu.
Também às vésperas da eleição no Senado Federal, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD-MT) se afastou do cargo para tomar posse e garantir apoio a Rodrigo Pacheco. Sobre os impactos de uma possível eleição de Rogério Marinho à presidência da Casa, Fávaro declarou que “essa hipótese não existe”.
"É uma eleição importante e polarizada. Mas, o mais importante é reconhecer o trabalho exitoso e difícil feito por Rodrigo Pacheco na defesa da democracia de forma equilibrada e respeitosa, mas, com altivez. É o momento de garantir isso, garantindo também a ele os votos necessários para que seja reeleito presidente do Congresso Nacional”, pontuou.