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Lula defende que América Latina reforce diálogos com China, África e União Europeia

Presidente Lula citou alegria em ter o Brasil novamente integrando grupo de países da América Latina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou que os países da América Latina devem aumentar os diálogos extrarregionais com a China, com os países africanos e europeus.

Veja mais: Lula participa nesta terça de abertura da Cúpula da Celac, na Argentina

Durante discurso na cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira (24), em Buenos Aires, Lula comemorou o retorno do Brasil ao grupo de 33 países da região.

"É com muita alegria e satisfação muito especiais que o Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade. Renovo, hoje, com uma dose de emoção, o espírito que nos animou em 2008, quando sediamos na Costa do Sauípe, no estado brasileiro da Bahia, a primeira reunião de Cúpula da América Latina e do Caribe, que três anos depois evoluiria para o formato desta Comunidade”, disse Lula.

“Há uma clara contribuição a ser dada pela região para a construção de uma ordem mundial pacífica, baseada no diálogo, no reforço do multilateralismo e na construção coletiva da multipolaridade. Julgamos essenciais o desenvolvimento e o aprofundamento dos diálogos com sócios extra regionais, como a União Europeia, a China, a Índia, a ASIAN e, muito especialmente, a União Africana”, afirmou o presidente, no momento em que tenta barrar um acordo comercial unilateral entre Uruguai e China. “Estaremos associados aos nossos vizinhos bilateralmente, no Mercosul Unasul e Celac”, seguiu.

Lula defendeu que os países priorizem o combate às desigualdades sociais e que o mundo de hoje demonstra o valor da integração para que as nações consigam atingir seus objetivos. “Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima”, salientou Lula.

“Contamos com capacidades para participar, de forma vantajosa, da transição energética global”, disse, sobre o Brasil. "É crítico que valorizemos a nossa Organização do Tratado de Cooperação Amazônica”.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
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