Denúncia detalha acampamento bolsonarista em Brasília: teatro de fantoches e sala para massagem

Na denúncia contra 54 pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico dos Santos, disse que o acampamento montado por bolsonaristas nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília, contava com uma superestrutura e funcionava como se fosse uma “vila”.

O subprocurador anexou na denúncia uma série de imagens que mostram o funcionamento de uma tenda para recebimento de doações, serviço de atendimento médico e até um gerador de energia, caso houvesse problemas no fornecimento de eletricidade.

As fotos também mostram que havia espaço para teatro de fantoches para os golpistas que levavam os filhos para o acampamento e até uma sala de massagem.

"É possível comprovar que no local também funcionavam tendas para churrasco, distribuição de comida e água e uma improvisada tenda religiosa”, diz Santos no documento.

“Havia, portanto, uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência”, diz o subprocurador em outro trecho do documento.

Terceira denúncia

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 54 pessoas por envolvimento nos atos golpistas que culminaram na invasão e destruição dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, além do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Todas elas foram presas no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Os denunciados responderão à Justiça por incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e por associação criminosa. Ao todo, 98 pessoas já foram denunciadas pela PGR em três denúncias apresentadas nos últimos 15 dias.