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Ministro da Defesa diz que Lula não discutiu atos de vandalismo com comandantes das Forças Armadas

Ministro da Defesa afirmou que Lula disse confiar nos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica

Segundo ministro da Defesa, José Múcio, ataques aos prédios dos Três Poderes não foi discutido entre Lula e comandantes

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro não foi tema de discussão na reunião que aconteceu nesta sexta-feira (20) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os comandantes das Forças Armadas.

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“Não tratamos do dia 8, isso está com a Justiça. Nós tratamos da capacidade de geração de emprego que o Brasil tem na indústria de Defesa. Teve a presença do presidente da Fiesp, Josué Alencar, e de outros cinco empresários, todos propondo soluções para que coloquemos recursos na indústria de defesa brasileira. Um investimento a curtíssimo prazo, com benefícios a curtíssimo prazo”, disse José Múcio.

Segundo ele, a reunião foi antecipada para antes da primeira viagem de Lula ao exterior - o presidente viaja para Argentina no domingo - para que fosse discutidos investimentos no setor da Defesa.

Questionado se ele achava que os atos antidemocráticos não deveriam ter sido debatidos, José Múcio disse que o governo aguarda as investigações da Justiça para tomar providências. “Estamos aguardando definições da Justiça para tomar as providências necessárias. Os militares estão cientes e concordam que nós vamos tomar essas providências. No calor das emoções é preciso ter cuidado para que as acusações e penas sejam justas”, afirmou.

Nos últimos dias, Lula fez duras críticas às Forças Armadas e disse não confiar nos militares responsáveis pela defesa dos prédios do Poder Executivo. Entre terça-feira e quinta-feira, mais de 50 militares foram dispensados de funções no Poder Executivo, tanto da segurança do Palácio da Alvorada quanto do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Segundo o ministro da Defesa, Lula disse aos generais confiar no trabalhos deles e todos condenaram veementemente os atos de depredação aos prédios dos Três Poderes.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.