O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o país precisa de um novo modelo de regras trabalhistas que garanta seguridade social e proteção aos trabalhadores. Em evento com sindicalistas nesta quarta-feira (18), Lula disse que os trabalhadores de aplicativos não podem ser tratados como microempreendedores e que vai montar uma comissão para discutir propostas para os trabalhadores de aplicativos.
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“Desmontaram um conjunto de direitos que a classe trabalhadora tinha conseguido construir desde 1943. A gente sabe que o mundo do trabalho mudou, que é preciso modernizar e se reinventar. Por isso vamos montar uma comissão de negociação para acabar com essa história de que o trabalhador que trabalha em aplicativo é microempreendedor. Ele não é microempreendedor. Ele percebe que não é quando se machuca, quando fica doente, quando quebra a moto, quando quebra o carro, ele percebe que ele não tem nenhum sistema de seguridade social em momento de infortúnio”, afirmou Lula.
O presidente analisou que o mundo do trabalho mudou muito nas últimas décadas, mas que é preciso retomar direitos e garantias para o trabalhador.
“Nós queremos construir junto com o movimento social uma nova estrutura sindical, o estabelecimento de novos direitos que queremos constituir, totalmente diferente dos anos 1980. É que o mundo do trabalho mudou muito. Aquele sindicato de São Paulo tinha 400 mil metalúrgicos, hoje, não sei se tem 200. O que cresceu foi o trabalho avulso, o trabalho por conta própria, o bico, no meu tempo era chamado biscate. Não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico. Nós queremos que o trabalhador tenha direitos garantidos, que tenha um sistema de seguridade social que o proteja”, disse Lula.
Grupo de Trabalho
Antes do discurso de Lula, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou que um Grupo de Trabalho será criado para regulamentar os empregos por aplicativos.
“A proposta é trazer proteção social aos trabalhadores. Não tem nada demais em se valorizar o trabalho e trazer a proteção social”, disse Marinho.
Sobre as medidas trabalhistas,