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Lula exonera mais 13 militares que atuavam no Gabinete de Segurança Institucional

Mais de 50 militares ligados ao Poder Executivo foram exonerados nesta semana

Presidente Lula exonerou mais de 50 militares nesta semana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continuou nesta quarta-feira (18) a fazer mudanças nos setores de segurança ligados ao Poder Executivo. Após exonerar mais de 40 militares na terça-feira, o Planalto exonerou outros 13 militares. Dessa vez, a nova leva de exonerações aconteceu no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

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As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta. Entre os militares demitidos estão seis da secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial. Os outros exonerados são assistentes e supervisores do GSI.

O GSI é um órgão ligado diretamente à presidência da República e tem como função auxiliar o presidente em questões ligadas à segurança e prevenir crises institucionais.

A desconfiança de Lula e de lideranças petistas com os militares aumentou após as invasões nas sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Os petistas avaliam que as Forças Armadas viveram um processo de politização durante o governo Bolsonaro.

Lula afirmou que considera ter havido conivência de agentes durante as invasões do dia 8. “Estou esperando a poeira baixar. Eu quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do Palácio. Teve muito agente conivente. Teve muita gente na PM conivente. Teve muita gente das Forças Armadas aqui dentro coniventes. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar, porque não tem porta quebrada”, disse Lula.

Para tentar esfriar os ânimos e reduzir as desconfianças, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, está tentando combinar uma reunião entre Lula e os comandantes das Forças Armadas nesta semana.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.