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Ministério da Justiça vê provas de cartel no transporte, mas arquiva denúncias da CPI da BHTrans

De acordo com o Cade, denúncias prescreveram em 2020; órgão recomendou envio dos documentos ao Ministério Público

Para o Cade, há provas robustas de que houve formação de cartel por empresas de ônibus

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, apresentou nesta quarta-feira (4) um relatório em que considera “robustas” as provas colhidas pela CPI da BHTrans, na Câmara Municipal de Belo Horizonte contra as empresas de ônibus que operam o transporte público da capital mineira.

O relatório, no entanto, determinou o arquivamento do procedimento preparatório de inquérito por conta da prescrição do prazo legal, que terminou em 2020.

O documento é assinado pelo coordenador-geral do Cade, Rubel Accioly Pires, que recomendou que a investigação fosse levada ao conhecimento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte.

Apesar do arquivamento, o Cade reconheceu que os documentos que integram o relatório final da CPI sugerem a ocorrência de um esquema de cartel. As empresas concorrentes teriam combinado, previamente, o direcionamento da licitação para dividir o mercado. A licitação, firmada em 2008, tem prazo de término em 2028.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.