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Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a empresa no lugar de Caio Paes de Andrade, que se desligou do comando da companhia nesta quarta-feira (4), Prates falou a jornalistas em Brasília após a cerimônia de posse do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
“Nós vamos criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar. Se eu dissesse que a Petrobras controla o preço a ponto de afetar totalmente o mercado nacional, eu estaria reconhecendo uma coisa que eu sou contra dizerem, que a Petrobras é monopólio de refino, que domina o mercado. Não é verdade. Mercado é aberto, importação está aberta, a Petrobras tem como concorrente todas as refinarias do mundo”, afirmou.
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A declaração foi bem recebida pelo mercado financeiro. As ações da Petrobras na B3, a Bolsa de Valores, subiram em quase 4%. Às 16h29, o valor unitário da ação chegou a R$ 23,10.
Jean Paul Prates disse, ainda, que foi mal interpretado no passado, quando falou sobre a política de preços da companhia.
“Uma vez falei quem faz política de preços é o governo, aí interpretaram que eu estava dizendo que iria intervir porque era do governo. Não. O governo pode simplesmente dizer é livre, é liberado, é PPI, não é PPI. Mas é o governo quem cria o contexto, e o mercado também. Principalmente o mercado, se falta o produto, se sobra produto”, disse.
O senador foi autor de projetos, no Senado Federal, para estabilizar o preço dos combustíveis, que enfrentaram com a volatilidade do preço no mercado internacional e do dólar. Um dos projetos criava um Fundo de Estabilização gerido pelo governo federal para reduzir o impacto dos reajustes do preço do petróleo. Outros, estabelecia a cobrança do ICMS sobre os combustíveis apenas na refinaria e não em toda a cadeia produtiva.