PEC que garante pagamento do Piso da Enfermagem deve ser votada ainda este ano

De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a PEC que garante recursos para o Piso vai a plenário na próxima sessão

Congresso aprovou piso de R$ 4.750 para profissionais da Enfermagem, mas Supremo vetou

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vai colocar em pauta, na próxima semana, a votação da PEC 390/14. A Proposta de Emenda à Constituição viabiliza o pagamento do piso salarial dos profissionais da Enfermagem, que foi vetado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PEC, que foi aprovado nesta quinta-feira (15) na Câmara dos Deputados, autoriza que o piso seja pago com recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social.

De acordo com Pacheco, o tema será avaliado pelos senadores na próxima sessão.

“Na próxima sessão do Senado Federal, nós apreciaremos a proposta de emenda à constituição que viabilizará o piso nacional da enfermagem numa solução que haveremos de construir com o Supremo Tribunal Federal para que esse piso nacional se torne uma realidade no Brasil”, afirmou durante a sessão no Legislativo.

Por que o piso da Enfermagem foi suspenso?

Em setembro, o plenário do STF referendou uma liminar do ministro Luís Roberto Barroso que suspendia o pagamento do piso salarial dos profissionais da Enfermagem. O piso de R$ 4.750 para as enfermeiras e enfermeiros tinha sido aprovado pela Câmara e pelo Senado.

O tema chegou ao Supremo pelas mãos da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e teve Barroso como relator. O entendimento do ministro era de que a lei aprovada não previa uma fonte de recursos para custear o aumento no pagamento de salários para as categorias de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermage e parteiras.

A posição de Barroso foi seguida pelos ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Votaram pela manutenção do piso da Enfermagem, os ministros André Mendonça, Rosa Weber, Nunes Marques e Edson Fachin. Com isso, o tema foi derrotado foi 7 votos a 4.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.

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