O senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo no Senado, afirmou que o PL não vai apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o comando da Casa na eleição que acontece em fevereiro.
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2), Portinho afirmou que o PL já definiu que terá um candidato à presidência do Senado e que o nome da sigla será confirmado na quarta-feira da semana que vem.
“O PL vai ter um candidato, é para valer, e eu vejo uma disputa voto a voto, ninguém ganha por antecipação na presidência do Senado”, diz o senador. O partido elegeu a maior bancada do Senado, com 14 parlamentares.
O parlamentar afirmou que o próximo presidente do Senado precisa ter uma posição mais combativa na defesa da Casa, alfinetando o atual presidente Rodrigo Pacheco. A bancada governista pressionou Pacheco para abrir os processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Há uma demanda da própria população, de fora para dentro, para que o Senado restabeleça seu tamanho, uma posição de maior harmonia entre os Poderes, que possa se apresentar e que não seja um Poder subalterno de outros”, declarou Portinho.
Quem é Rogério Marinho?
Rogério Marinho, 59 anos, é um economista com longa trajetória na política nacional. Ela já foi filiado ao PSB na década de 1990 e nos anos 2000, quando foi vereador em Natal. Em 2006 se elegeu deputado federal e dois anos depois mudou para o PSDB, ele ficou insatisfeito com o apoio do PSB à candidatura de Fátima Bezerra para a prefeitura de Natal.
No governo Bolsonaro, Marinho se tornou um dos principais apoiadores do Planalto e assumiu a secretaria especial da Previdência e do Trabalho em janeiro de 2019. No início de 2020, ainda no PSDB, ele foi nomeado ministro do Desenvolvimento Regional, pasta que comandou até o início deste ano, quando deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado.
Marinho se filiou ao PL em 2021, junto com o presidente Jair Bolsonaro e vários parlamentares aliados do Palácio do Planalto. Nome de Bolsonaro na corrida pelo Senado no Rio Grande do Norte, Marinho se elegeu com mais de 700 mil votos - 41,8% do total.