Morreu no sábado (13) o ex-diretor da Petrobras e primeiro delator da Operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa. Aos 68 anos, Paulo Roberto foi condenado a mais de 70 anos de prisão, mas deixou a cadeia após fechar acordo de delação. Ele morava no Rio de Janeiro.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras foi um dos principais nomes da Lava-Jato e se tornou o pivô das denúncias no início das investigações. A Polícia Federal chegou a Paulo Roberto após descobrir que ele recebeu uma Land Rover de presente do doleiro Alberto Youssef.
Em sua delação, Costa revelou a existência de um cartel de empreiteiras formado para vencer licitações dentro da Petrobras. Em troca, as empresas pagavam propinas para partidos políticos e parlamentares. Os principais partidos envolvidos no esquema eram o PT, PMDB e PP.
Quando firmou seu acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Costa se comprometeu a devolver R$ 79 milhões.
Eram recursos gerados por corrupção em negócios da petroleira, que mantinha em dólar, em contas no exterior. Sua delação atingiu o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney, além de outros políticos.