Quem tem gato sabe o quanto estímulos sensoriais fazem diferença no comportamento felino. Entre as “ferramentas naturais” disponíveis para enriquecer essa rotina, está o matatabi: planta originária da Ásia, também conhecida como silver vine ou Actinidia polygama.
Ela ganhou espaço por seu potencial em promover momentos de euforia, relaxamento e até benefícios à saúde bucal. Ao contrário da tradicional erva-do-gato, o catnip, que afeta entre 50% e 70% dos felinos, o matatabi tem taxa de resposta mais alta.
De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Iwate, no Japão, cerca de 80% dos gatos demonstraram comportamento de excitação ao entrar em contato com a planta, mesmo os que não reagiam ao catnip.
A diferença se dá pela composição. O
Como tutores podem usar o matatabi com segurança e estímulo, segundo a veterinária Karina Mussolino, em entrevista ao portal UOL:
- Ofereça o matatabi em brinquedos, pó ou palitos naturais por no máximo uma ou duas vezes por semana;
- Observe a reação do seu gato. O uso deve ser sempre supervisionado, principalmente nas primeiras vezes;
- Evite o uso contínuo ou diário para não saturar os efeitos;
- Prefira marcas confiáveis, que informem procedência e evitem aditivos químicos;
- Mantenha o produto em local seco e protegido para conservar suas propriedades.
O que o matatabi faz
O contato com o matatabi pode causar comportamentos variados: alguns gatos rolam, ronronam, esfregam o rosto no objeto, e outros se tornam mais calmos após o pico de excitação.
Esses efeitos não só estimulam a atividade física, como ajudam a aliviar o estresse e a ansiedade. Em períodos de mudança, adaptação ou ausência dos tutores ele pode ser muito útil, por exemplo.
Segundo, o matatabi contribui também para a higiene oral, pois quando oferecido em palitos ou galhos, estimula a mastigação e auxilia na remoção de placa bacteriana.
No entanto, ela alerta que “o uso de palitos naturais pode colaborar com a saúde bucal dos gatos, mas não substitui uma escovação regular ou avaliação veterinária”.
Ela lembra também que nem todos os gatos respondem da mesma forma. Uns ficam eufóricos, outros podem demonstrar indiferença, mas isso não significa rejeição.
“Pode ser apenas questão de tempo, apresentação ou sensibilidade genética”, afirma.