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Baixas temperaturas reduzem o metabolismo e tornam o Betta mais suscetível a doenças

Aquecimento adequado, alimentação ajustada e manutenção do ambiente são os passos básicos para o bem-estar do peixe

Com quedas de temperatura, o metabolismo do Betta diminui e exige ajustes na alimentação e ambiente

O peixe Betta, típico da Ásia tropical, não é capaz de regular a própria temperatura corporal.

Ele é um pecilotérmico, o que significa que seu metabolismo varia conforme a temperatura do ambiente.

Com isso, durante o inverno, o apetite cai naturalmente quando a água do aquário fica abaixo da faixa ideal, entre 26 °C e 28 °C, informa o portal da Petofy.

Essa baixa térmica leva a uma redução no metabolismo, deixando o Betta mais letárgico, com menor atividade e mais suscetível a doenças.

Por isso, é comum que o peixinho coma menos. É uma resposta natural à diminuição do gasto energético.

O blog da Petz destaca, por exemplo, que quando a água está abaixo de 24 °C, o Betta já apresenta sinais claros de estresse térmico.

Em razão disso, o uso de aquecedor específico para aquários, preferencialmente com termostato, é indispensável para garantir temperaturas constantes entre 26 °C e 28 °C.

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Pomiar a água com termômetro é fundamental para verificar se o aquecimento atende todo o volume, e não apenas uma região próxima ao sensor.

Além disso, recomenda-se posicionar o aquário longe de correntes de ar frio e janelas. Isso porque o ar frio, em contraste com a água quente, pode causar choque térmico no peixe, ainda de acordo com a Petofy.

Ajuste de rotina no inverno

Durante o inverno, a frequência de alimentação deve ser reduzida para duas a três vezes por semana (ou conforme observação individual do apetite), com porções pequenas que o Betta consuma em até dois ou três minutos.

Essa quantidade é aproximadamente o volume do próprio olho do peixe, segundo orientações clínicas divulgadas pela Petofy.

Veja abaixo os principais cuidados para o inverno:

  • Usar aquecedor com termostato e manter a água entre 26 °C e 28 °C, evitando quedas abaixo de 24 °C;
  • Alimentar menos frequentemente (2‑3x por semana), com porções pequenas que o peixe consuma em poucos minutos;
  • Remover qualquer alimento não consumido imediatamente para evitar poluição da água;
  • Posicionar o aquário em local protegido de correntes de ar frio;
  • Monitorar água com termômetro e manter os parâmetros de pH (6,5‑7,0), amônia e nitratos sob controle para prevenção de doenças.

O que pode acontecer sem cuidados

A baixa temperatura retarda a digestão e favorece o acúmulo de resíduos não absorvidos, o que compromete a qualidade da água e pode levar a doenças como constipação, distensão abdominal e infecções.

O metabolismo lento impacta, também, a imunidade, deixando o Betta vulnerável a infecções bacterianas e parasitárias.

Segundo a Petz, o aquecedor garante que o peixe continue se alimentando adequadamente, adote um comportamento mais ativo e reduza o estresse térmico mesmo em noites e dias frios.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.