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Valdir Barbosa | Acordo tarifário entre EUA e China pode provocar crise na soja brasileira

Alerta foi feito durante evento em SP por César Souza, uma das maiores autoridades da soja brasileira, conselheiro e sócio da Caramuru Alimentos

Embarque de soja no Porto de Paranaguá, no Paraná

Amigas e amigos do Agro!

A expectativa do produtor brasileiro com o futuro do comércio internacional de produtos agrícolas aumentou.

O primeiro encontro entre representantes dos governos brasileiro e americano mostra um caminho positivo para novos acordos, só que Donald Trump e Lula ainda não ficaram frente a frente para colocar o que realmente querem e defendem.

A maioria das opinões acredita que o café e a carne bovina, e frutas também, podem chegar a um acordo com mais facilidade, isso sem falar nas posições políticas e ideológicas de ambos presidentes.

Os Estados Unidos não têm onde comprar café arábica, numa quantidade e qualidade que atenda o consumidor americano. Ponto positivo para o Brasil!

A redução histórica do rebanho bovino americano é outra questão que se resolve comprando a carne brasileira. Ponto para o Brasil!

Entretanto, a soja não faz parte das relações comerciais entre Estados Unidos e Brasil e pode se tornar uma grande dor de cabeça para o produtor brasileiro.

Os Estados Unidos estão no final da colheita e arrolhados com a soja em estoque. Esse ano, os chineses compraram muito do Brasil e da Argentina, deixando os americanos a verem navios vazios.

Uma palavra que merece respeito vem de César Souza, conselheiro e sócio da Caramuru Alimentos, uma das principais empresas brasileiras de processamento de soja, milho e girassol.

Afirma César Souza que “o acordo entre americanos e chineses é inevitável, podendo os produtores brasileiros serem brutalmente atingidos”.

César Souza é categórico em afirmar: “Quando Trump e Xi Jinping sentarem para conversar, sai debaixo! Vai sobrar para nós aqui, produtores de soja.”

Itatiaia Agro, Valdir Barbosa.

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.