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Governo zera impostos de tecnologia para modernizar a indústria; entenda

Chamado de Redata, novo regime especial de tributação do governo federal vai isentar PIS/Pasep, Cofins e IPI para equipamentos de data center. Lista de produtos isentos será definida através de consulta pública.

Saiba o que é o Redata, o novo programa do governo que zera impostos como PIS, Cofins e IPI na compra de equipamentos de tecnologia

O governo federal lançou um programa que pode baratear a modernização tecnológica de pequenas e médias indústrias em todo o país. Por meio de uma Medida Provisória, foi criado o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata). O objetivo é impulsionar a economia digital e a competitividade do setor produtivo nacional.

A medida garante a isenção de impostos como PIS/Pasep, Cofins e IPI na compra de equipamentos de tecnologia, sejam eles nacionais ou importados. A iniciativa faz parte da Nova Indústria Brasil e busca ampliar a capacidade do país de armazenar e processar dados, um passo estratégico para a soberania digital.

O que é um data center?

De forma simples, o data center é o cérebro digital de uma empresa. É a estrutura física que armazena todos os computadores, servidores e sistemas que guardam as informações vitais para o funcionamento do negócio, desde o controle do maquinário e do estoque até os dados de clientes e as finanças da companhia.

Manter essa estrutura atualizada é fundamental para garantir a segurança das informações e a eficiência dos processos. Com o Redata, o custo para montar ou modernizar esse centro nervoso da indústria fica mais acessível, permitindo um salto de qualidade na gestão e na produção.

Como a minha indústria pode se beneficiar?

Para o pequeno e médio industrial, o benefício do Redata é direto: comprar tecnologia de ponta com menos impostos. Isso significa que equipamentos essenciais para a automação e digitalização, como servidores e sistemas de armazenamento, ficarão mais baratos, liberando o caixa da empresa para outros investimentos.

Em troca do benefício fiscal, as empresas precisarão investir 2% do valor dos produtos comprados em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Além disso, o programa incentiva a instalação de data centers nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com contrapartidas menores para quem investir nessas localidades.

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Ajude a definir a lista de equipamentos

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) abriu uma consulta pública para que os próprios empresários e especialistas ajudem a definir quais equipamentos devem entrar na lista de isenção fiscal. O prazo para enviar contribuições vai até o dia 26 de outubro.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC, Uallace Moreira, a participação do setor é fundamental para que o benefício seja efetivo. As sugestões devem ser detalhadas e registradas em um formulário disponível neste link para o portal Brasil Participativo.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.