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Alvo de operação contra o PCC, Reag Capital sai da Bolsa e se torna companhia fechada

Empresa teve o registro de emissor categoria B cancelado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nessa terça-feira (7)

Empresa foi alvo da Operação Carbono Oculto em agosto

A Reag Capital Holding anunciou, na noite dessa terça-feira (7), que teve o pedido de cancelamento do registro de companhia aberta aceito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com isso, a empresa deixa de ser uma companhia de capital aberto e passa a ser fechada.

A holding era controladora da Reag Investimentos, empresa alvo da Operação Carbono Oculto, que investigou o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um esquema de fraudes no setor de combustíveis e o uso de fintechs para a lavagem de dinheiro, em agosto. A Reag havia sido vendida para a Arandu Partners Holding por um valor estimado em R$ 100 milhões no mês passado.

A decisão da CVM cancela o registro de emissor na categoria B, destinada a empresas que emitem títulos ao público como debêntures ou cotas de fundos, mas não tem ações no mercado. Na prática, a Reag Capital Holding não precisará mais seguir as mesmas regras de transparência de companhias abertas.

O cancelamento do registro foi comunicado pelo diretor Administrativo Financeiro e de Relações com Investidores, Rodolfo Turelli, em comunicado ao mercado. O movimento foi aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária da companhia, no dia 22 de setembro.

“A Companhia esclarece que o cancelamento seguiu o atendimento às condições legais e regulamentares exigidas, inclusive aquelas definidas pela CVM para a extinção voluntária do registro como companhia emissora”, escreve.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.