A Reag Investimentos anunciou mudanças em sua governança e no controle acionário. O fundador e presidente do conselho de administração, João Carlos Falbo Mansur, renunciou ao cargo. Também deixaram a companhia o conselheiro independente Altair Tadeu Rossato e a diretora financeira Fabiana Franco, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A empresa informou neste último domingo (7) que os substitutos serão escolhidos pelos conselheiros remanescentes, conforme previsto no estatuto social, para completar os mandatos em curso.
Executivos assumem o controle
Com as saídas, os principais executivos da Reag assumiram o comando por meio da Arandu Partners Holding, que comprou 87,38% da companhia. O valor do negócio foi estimado em R$ 100 milhões, com possibilidade de pagamento adicional atrelado ao desempenho da gestora nos próximos cinco anos.
A operação ainda depende do cumprimento de etapas obrigatórias. Entre elas está a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA), em que os novos controladores terão de oferecer a compra das ações também aos acionistas minoritários, conforme prevê a lei das sociedades anônimas e as regras do Novo Mercado da B3.
Operação contra o PCC
A venda foi anunciada duas semanas depois de a
Na ocasião, a Reag Capital Holding, controladora da companhia, afirmou que as negociações para a venda já vinham sendo discutidas com potenciais interessados independentes.
Investigações em andamento
As apurações apontam irregularidades em diferentes etapas da produção e distribuição de combustíveis no país, além de um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro que teria envolvido
Segundo os investigadores, a Reag teria sido utilizada para a criação de fundos voltados à compra de empresas e à blindagem do patrimônio dos criminosos.
Nota da empresa
Em comunicado, a Reag afirmou que “recebeu com surpresa as divulgações que a envolvem em supostas irregularidades investigadas no âmbito da Operação Carbono Oculto.’'
Refuta qualquer atuação em estruturas de natureza ilegal e reforça que, ''como instituição financeira regulada, atua em linha com as normas vigentes no mercado financeiro e de capitais’’.
(Sob supervisão de Marina Dias)