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Trump sobre ataque perto da Venezuela: ‘Nós atacamos um submarino com drogas’

Pela primeira vez, um ataque americano contra embarcação no Caribe deixou sobreviventes; governo do país, no entanto, não comentou o que aconteceu com eles

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou, nesta sexta-feira (17), sobre o ataque contra uma embarcação no Caribe realizado na quinta-feira (16)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou, nesta sexta-feira (17), sobre o ataque contra uma embarcação no Caribe realizado na quinta-feira (16). Até o momento, o governo americano não havia se posicionado sobre o assunto. De acordo com o mandatário norte-americano, o ataque foi direcionado a um submarino carregado com drogas.

“Nós atacamos um submarino carregado com drogas. Um submarino construído especificamente para carregar uma quantidade massiva de drogas. Esse não é um inocente grupo de pessoas. Eu não conheço muitas pessoas que têm submarinos”, afirmou Donald Trump.

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As afirmações foram feitas em coletiva de imprensa realizada na Casa Branca durante o encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Desde o início dos ataques no Caribe em agosto, essa foi a primeira vez que sobreviventes foram registrados.

Além dos dois mandatários, a reunião contou também com a presença do secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, e do secretário de Estado, Marco Rúbio, que se esquivou de perguntas sobre o destino dos sobreviventes do ataque. “Os Estados Unidos estão realizando operações contra narcoterroristas. Isso é o que eles são: terroristas”, disse o Rúbio.

Ataques na costa da Venezuela

Desde agosto, quando sete navios de guerra foram enviados para águas internacionais no Caribe, os Estados Unidos atacaram, pelo menos, cinco embarcações, resultando em um saldo de 27 mortos. O Pentágono alega que as incursões são direcionadas a barcos com narcotraficantes.

No entanto, à Itatiaia, o oficial da reserva da Marinha brasileira, Robinson Farinazzo, avaliou os ataques de Trump contra supostos traficantes como algo que pode gerar problemas no futuro. Ele lembrou que algumas famílias de pessoas que morreram nos ataques estão alegando que os parentes não eram traficantes.

“Na verdade, isso se trata de execução extrajudicial feita ao arrepio do direito internacional. Essas pessoas deveriam ser presas e conduzidas a um julgamento. Não houve nada disso. Mais cedo ou mais tarde, essas questões vão ser levantadas”, defendeu Farinazzo.

Presença militar reforçada

A presença militar foi reforçada, nessa quinta-feira (16), nos estados fronteiriços com a Colômbia como parte dos exercícios realizados em resposta à mobilização militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa o dirigente venezuelano Nicolás Maduro de ter vínculos com o narcotráfico e autorizou, na quarta-feira (15), operações da CIA contra a Venezuela.

*Sob supervisão de Edu Oliveira

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas