O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um “gigantesco” acordo comercial com o Japão,
“Acabei de assinar o maior acordo comercial da história. Acho que talvez o maior acordo da história com o Japão”, disse
O acordo prevê que os importadores americanos paguem tarifas “recíprocas” de 15% sobre produtos japoneses exportados para os Estados Unidos. A alíquota de 15% também se estenderá a automóveis e autopeças, o que coloca o Japão em vantagem sobre outros grandes exportadores de veículos.
Em contrapartida, o
“Este acordo criará centenas de milhares de empregos. Nunca houve nada parecido. Talvez o mais importante seja que o Japão abrirá o país ao comércio, incluindo carros e caminhões, arroz e alguns outros produtos agrícolas, entre outros. O Japão pagará tarifas recíprocas aos Estados Unidos de 15%”, publicou Trump em sua rede social, o Truth Social.
Recepção do acordo
A notícia fez com que os mercados japoneses atingissem a maior alta em um ano nesta quarta-feira (23), com um aumento no preço das ações das montadoras elevando o Nikkei, índice do mercado de ações da Bolsa de Valores de Tóquio, em 3,7%.
“Missão cumprida”, proclamou Ryosei Akazawa, negociador de tarifas do Japão,
O Japão é “o primeiro no mundo a conseguir reduzir tarifas sobre automóveis e peças automotivas sem restrições de volume”, disse Akazawa a repórteres em Washington DC, divulgou a CNN americana.
Em
“Acreditamos que isso contribuirá para a criação de empregos, a produção de bons produtos e o cumprimento de vários papéis no mundo por meio da cooperação mútua do Japão e dos EUA”, disse ele a repórteres em seu escritório na quarta-feira.
Investimento japonês nos EUA
Akazawa explicou que a injeção japonesa de US$ 550 bilhões nos EUA seria na forma de capital e empréstimo para apoiar investimentos de empresas japonesas em áreas-chave, como produtos farmacêuticos e semicondutores.
A parcela das importações de arroz americano pode aumentar sob a atual estrutura de comércio agrícola, disse Akazawa, ao mesmo tempo em que enfatizou que o acordo “não sacrificaria a agricultura japonesa”.
O Japão também continuará as discussões com os EUA sobre outras medidas tarifárias não cobertas no acordo de terça-feira, incluindo aço e alumínio, que continuam sujeitos a uma taxa de 50%, disse o negociador de tarifas japonês.
Acordos comerciais de Trump
Após a guerra comercial e uma enorme lista com tarifas que chegaram a 50%, incluindo o brasil, este acordo com o Japão foi a terceira notícia comercial anunciada por Trump na terça-feira (22).
Isso ocorre após meses de negociações com importantes parceiros comerciais, como União Europeia, Coreia do Sul, Índia e dezenas de outros, à medida que se aproxima o prazo final de Trump, 1º de agosto, para tarifas mais altas.