Após 15 anos, essa será a primeira vez que um condenado a pena de morte será executado por fuzilamento nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (7). O homem é um presidiário da Carolina do Sul, condenado por matar os pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol.
A execução de Brad Sigmon foi confirmada pela Suprema Corte do Estado da Carolina do Sul, na última quarta-feira (5). Se caso aconteça, a execução de Sigmon deve ocorrer às 18h, horário local (23:00 GMT).
Ao todo, três voluntários atrás de uma cortina dispararão simultaneamente rifles em seu peito com balas especialmente projetadas. O procedimento do estado exige que aqueles condenados à morte por pelotão de fuzilamento sejam amarrados a uma cadeira quando entrarem na câmara de execução. O preso então tem um alvo colocado em seu coração e um saco colocado sobre sua cabeça.
Sigmon, tem 67 anos e foi condenado por assassinar David e Gladys Larke em 2001 antes de sequestrar e fazer de refém sua ex-namorada. Oferecidos as alternativas de morte por cadeira elétrica ou injeção letal, os advogados de Sigmon disseram que ele escolheu o processo mais violento devido a suas preocupações sobre a eficácia dos outros dois métodos.
Condenado à pena de morte escapa de tentativa de injeção letal e será executado de forma inédita nos EUA Homem condenado por assassinar pastor faz declaração polêmica antes de execução nos EUA
Ele será a primeira pessoa a ser executada por um pelotão de fuzilamento nos EUA desde 2010, e a quarta desde que o país reintroduziu a pena de morte em 1976.
Como é a execução por fuzilamento?
Desde 1958 a Carolina do Sul já executou mais de 40 prisioneiros, eletrocutados ou com injeção letal e em 2021, o Estado aprovou uma lei que permitiria o uso do pelotão de fuzilamento em execuções estaduais. De acordo com o Death Penalty Information Center, uma organização de direitos humanos sediada nos EUA, esta lei foi parcialmente motivada pela incapacidade do Estado de obter as substâncias necessárias para a injeção letal.
Ainda segundo a lei, testemunhas podem, por lei, assistir à execução.
As balas que eles usam são projetadas para quebrar no impacto e causar o máximo de dano, segundo informações da BBC. Após os tiros, um médico confirmaria a morte de Sigmon
A Carolina do Sul divulgou somente uma das duas autópsias disponíveis dessas mortes, que, segundo o advogado de Sigmon, mostram quantidades incomuns de fluido nos pulmões.
Falando sobre a decisão de não morrer por injeção, o advogado do presidiário disse que, “Não desejo infligir essa dor à minha família, às testemunhas ou à equipe de execução. Mas, dado o sigilo desnecessário e inconcebível da Carolina do Sul, Brad escolheu o que melhor se encaixa”, disse à AP.