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Portugal investiga suposta prevaricação em uso de remédio milionário em bebês brasileiras

Caso aconteceu entre 2019 e 2020, quando as gêmeas brasileiras, à época com 15 meses, receberam tratamento de Zolgensma, um dos mais caros do mundo

Bebês teriam utilizado o remédio mais caro do mundo

O Ministério da Saúde de Portugal e o Hospital Santa Maria foram alvos de buscas pela polícia nessa quinta-feira (6), devido a uma investigação sobre possível prevaricação, abuso de poder e fraude. A operação é relacionada às gêmeas brasileiras que receberam um remédio milionário do governo português.

Segundo a agência de notícias Reuters, o caso aconteceu entre 2019 e 2020, quando as gêmeas brasileiras, à época com 15 meses, receberam tratamento de Zolgensma, um dos mais caros do mundo, que custou cerca de 4 milhões de euros (R$ 22,89 milhões, na cotação atual) ao estado português.

O remédio é usado para tratar crianças de menos de dois anos com atrofia muscular espinhal, uma doença rara. O problema é que a mãe das crianças contou, em entrevista, que teria entrado em contato com a nora do presidente para conseguir o remédio, após a negativa de um médico.

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A fala dela rendeu polêmica e questionamentos sobre as gêmeas terem “ furado a fila” de recebimento do remédio. Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, negou qualquer envolvimento no caso, mas confirmou que o filho entrou em contato com ele para falar sobre as crianças.

Agora, as autoridades estão investigando os crimes de prevaricação no serviço público, abuso de poder e fraude qualificada. Além do hospital e do MS, foram feitas buscas nos escritórios da segurança social, em casas e em outras unidades de saúde.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.