Mais de 500 mil pessoas deixam casas após conflitos entre Tailândia e Camboja

Sete civis cambojanos e cinco soldados tailandeses morreram, segundo dados oficiais

Moradores deslocados descansam em um centro de evacuação na província de Surin, em 10 de dezembro de 2025, durante confrontos ao longo da fronteira entre a Tailândia e o Camboja.

Os conflitos na fronteira entre a Tailândia e o Camboja deixaram ao menos 12 mortos e forçaram mais de 500 mil pessoas a saírem de suas casas, informaram as autoridades dos países nesta quarta-feira (10).

O Ministério da Defesa tailandês informou que os civis tiveram que sair devido a uma “ameaça iminente à sua segurança”. Mais de 400 mil pessoas foram retiradas pelas autoridades tailandesas, segundo o porta-voz Surasant Kongsiri.

Já o exército do Camboja informou que mais de 100 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas em cinco províncias na fronteira, onde operavam aviões de combate, drones e tanques.

Sete civis cambojanos e cinco soldados tailandeses morreram, segundo dados oficiais. A disputa entre os dois países envolve uma divergência centenária sobre as fronteiras traçadas durante o domínio colonial francês na região.

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Em julho, os países ficaram cinco dias em combate, causando 43 mortes e quase 300 mil deslocados. Em outubro, foi feito um acordo de cessar-fogo, mas logo a Tailândia o suspendeu após a explosão de uma mina terrestre que feriu vários soldados.

Em um comício, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que telefonaria para os líderes dos dois países para acabar com o conflito. Porém, a Tailândia não acredita que é um momento de diálogo.

“Se um terceiro país desejar atuar como mediador, a Tailândia não poderá aceitá-lo neste momento, pois uma linha foi cruzada”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores tailandês, Nikorndej Balankura.

*Com AFP

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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