O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e das Promotorias de Justiça de Muriaé deflagrou, nesta semana, a operação Desordem.
O objetivo, segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), é a repressão do uso indevido de parlatórios da Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, situada na cidade da Zona da Mata, por advogadas supostamente vinculadas ao Comando Vermelho.
O MPMG explicou que as investigações apontam que as profissionais de advocacia utilizavam a prerrogativa de acesso ao parlatório de forma sistemática para intermediar comunicações ilícitas entre custodiados e o meio externo, para assegurar a continuidade das atividades da organização criminosa, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e práticas de violência.
Com base nos elementos probatórios reunidos, o Ministério Público requereu e obteve da Justiça a expedição de mandados de busca e apreensão nos endereços das investigadas e nas celas de diversos presos envolvidos. Foram apreendidos celulares, documentos e dispositivos eletrônicos que podem comprovar a instrumentalização das prerrogativas da advocacia para fins ilícitos.
A decisão judicial também determinou, de forma cautelar, a suspensão temporária do direito das advogadas de realizarem atendimentos presenciais no estabelecimento prisional, para interromper o fluxo de comunicação criminosa.
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