Além Paraíba, na Zona da Mata, foi alvo da “Operação Infractio” da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), para combater uma organização criminosa especializada no furto de petróleo bruto. Os agentes cumprem, nesta quarta-feira (2), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os líderes e integrantes do grupo na Zona da Mata. Até o momento, dois criminosos foram capturados.
Segundo as investigações, eles atuavam de forma estruturada e persistente ao longo dos últimos anos, mesmo após terem sido alvos de diversas operações policiais. A apuração, conforme a PCRJ, começou a partir da tentativa de uma subtração de petróleo bruto, na região de Rio das Flores (RJ), em agosto do ano passado.
Técnicos identificaram movimentações suspeitas e localizaram um túnel escavado com aproximadamente sete metros de extensão, projetado para acessar clandestinamente a tubulação e viabilizar o furto.
A ação integrada entre o setor de segurança da empresa e a PCRJ impediu a consumação do crime e evitou um potencial desastre ambiental, já que a perfuração ocorria nas imediações do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de milhões de pessoas em três estados da federação.
Organização criminosa com integrantes reincidentes
O inquérito revelou o alto grau de sofisticação da organização criminosa, que utilizava veículos alugados por terceiros, contas bancárias de interpostas pessoas e comunicações criptografadas, com o objetivo de dificultar a identificação dos verdadeiros responsáveis.
A atuação coordenada entre a Polícia Civil e o MP foi determinante para o robusto conjunto probatório reunido, que evidenciou o papel de liderança exercido pelos líderes, que mantinham atuação contínua no planejamento, financiamento e execução das empreitadas ilícitas.
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, os investigados já tinham sido alvos de outras cinco operações anteriores, o que demonstra a reincidência e o desprezo às medidas cautelares anteriormente impostas pelo Poder Judiciário. Os líderes do grupo foram alvos também da “Operação Ouro Negro”, deflagrada pela própria PCRJ quando foram identificadas ligações diretas com um contraventor.
Além deles, outros integrantes da organização criminosa estão na mira desta ação. Eles foram identificados ao longo das investigações e atuavam de forma estruturada no suporte logístico à prática dos crimes, especialmente no pagamento de despesas e ocultação da identidade dos mandantes.