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Guia culinário dos EUA lista os piores pratos do Brasil; veja ranking

37 pratos estão na lista em que notas são dadas pelos próprios usuários do site

Pé de moleque aparece na lista de piores comidas brasileiras feita por guia americano

A maioria dos brasileiros, independente da região, tem orgulho da culinária do país, seja pela qualidade, diversidade ou pela memória afetiva. Porém, há alguns pratos que não são favoritos, pelo menos é o que indica o ranking da TasteAtlas, um guia culinário norte-americano que reúne iguarias de vários países e, com as notas atribuídas pelos usuários na web, são criados rankings.

A última atualização do ranking foi feita no final de setembro deste ano e comidas tradicionais como maria-mole, salada de maionese, arroz com pequi, cuscuz paulista e pé de moleque estão presentes na lista.

‘O mais detestado’

Com uma nota de 2.8 estrelas — em uma escala que vai até 5 — o 1° lugar é do Cuscuz Paulista. Com principais ingredientes sendo azeitona, floco de milho, ovos, sardinha, cenoura, cebola e outros muitos itens polêmicos, o tradicional prato do estado de São Paulo foi descrito da seguinte forma no TasteAtlas:

“Cuzcuz Paulista é um elaborado prato brasileiro composto por fubá enriquecido com azeitonas, sardinha em lata (ou qualquer outro peixe enlatado) e ervilha — ingredientes caros e exóticos na época da invenção do prato, no século XIX.

Entre a enorme quantidade de ingredientes, há também farinha de mandioca, alho, cebola, pimentão, salsa, cebolinha e ovos cozidos. O prato é normalmente preparado em uma forma moldada e depois invertida, e a apresentação visual do Cuscuz Paulista tem a intenção de impressionar.

Apesar da nota baixa, alguns fãs do prato fazem questão de expressar o quanto gostam na aba de comentários do site.

Em tradução livre:
“Quem deu 2.9 para o Cuscuz Paulista? Terminei em 1 minuto em toda festa que fui. Sinto falta disso nos EUA”

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O segundo lugar da lista é o arroz com pequi, um prato polêmico pela origem e sabor, que no guia recebeu nota 3.1. Fechando o pódio das piores comidas, ficou o acém, que apesar de não ser necessariamente um prato e sim um corte de carne, está no ranking e recebeu nota 3.1.

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Confira a descrição do acém no TasteAtlas:

“Na culinária brasileira, acém se refere a um corte específico de carne bovina que vem da região dos ombros do animal. É frequentemente usado em uma variedade de pratos, incluindo ensopados, refogados e carne moída. O corte do acém inclui uma mistura de carne magra e tecido conjuntivo, o que o torna adequado para métodos de cozimento lento.

É conhecido por seu sabor rico e capacidade de ficar macio quando cozido por um longo período. Na cultura brasileira do churrasco (churrasco), o acém pode ser usado para espetos ou outras preparações grelhadas. Embora não seja tão macio quanto cortes premium como filé mignon ou lombo, o acém é valorizado por seu preço acessível e versatilidade.”

Confira o ranking completo e as notas dadas pelo guia

1° Cuscuz Paulista 2.8
2° Arroz com Pequi 3.1
3° Acém 3.1
4° Paleta 3.2
5° Maria-mole 3.3
6° Lagarto 3.3
7° Sequilhos 3.5
8° Sagu 3.5
9° Tareco 3.5
10° Coxão Mole 3.5
11° Ostra ao bafo 3.5
12° Pé-de-moleque 3.6
13° Quibebe 3.6
14° Músculo 3.6
15° Patinho 3.6
16° Maniçoba 3.6
17° Peito 3.6
18° Sanduíche de mortadela 3.7
19° Salada de maionese 3.7
20° Cajuzinho 3.7
21° Salpicão de frango 3.7
22° Abará 3.7
23° Caldo de piranha 3.7
24° Biscoito de polvilho 3.8
25° Canjica 3.8
26° Mocotó 3.8
27° Bolo formigueiro 3.8
28° Caruru 3.8
29° Pato no tucupi 3.8
30° Pamonha 3.9
31° X-Tudo 3.9
32° Galinhada 3.9
33° Casadinhos 3.9
34° Barreado 3.9
35° Creme de papaya 3.9
36° Baba-de-moça 3.9
37° Carne de onça 3.9

Sobre o TasteAtlas

A plataforma TasteAtlas foi criada pelo croata Matija Babic que, em entrevista ao Estadão, Babic explicou que a ideia surgiu através de uma curiosidade própria e uma necessidade de informações sobre comidas típicas durante suas viagens internacionais. “Eu queria descobrir cada localidade através daquilo que eles tradicionalmente comem, bebem e cultivam. Enquanto viajava pelo mundo, sentia falta de informações sobre pratos locais e ingredientes”, conta o croata.

* Sob supervisão de Marcello Pereira


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Graduanda em Jornalismo pela PUC Minas. Interessada por redes sociais e editorias de cultura, entretenimento e cidades. Atualmente está na editoria de Redes Sociais.