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O que é quitanda? Saiba a origem e o significado da palavra

A palavra também é comumente utilizada para se referir a barracas de feira

Pão de queijo é uma das quitandas mais apreciadas em todo o país

De acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra quitanda significa local onde se fazem negócios. O termo também pode significar mercado ou praça. Dessa forma, é comum escutar um convite como: “Vamos à quitanda?”.

Esse vocábulo, no entanto, tem uma origem semelhante a de outros populares no Brasil e é a adaptação do termo kitânda. “A palavra kitânda é uma palavra irmã, ou da mesma origem, de outras palavras incorporadas ao nosso português brasileiro. Por exemplo, samba, vatapá, angu, tutu, maracatu, zumbi, banzo, inhame e cafuné”, explica a jornalista e pesquisadora Rosaly Senra.

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Qual a origem da palavra quitanda?

A origem da palavra kitânda é o dialeto quimbundo, da Angola, na África, que chegou ao Brasil com as pessoas escravizadas. Especificamente, o termo se refere aos estrados de cordão entrelaçado, que serviam de aparato, nos tabuleiros das negras.

“A kitanda significa aquelas coisas que as negras levavam nos tabuleiros para expor as mercadorias que tinham. Normalmente, elas vendiam gêneros alimentícios no cais do porto, nas feiras livres”, pontua a pesquisadora.

Quitanda para os mineiros

No interior do Brasil, a palavra quitanda significa também aquele pequeno estabelecimento comercial, onde se vendem ovos, frutas, verduras, cereais, até materiais de limpeza e pequenos objetos domésticos. E, para os mineiros, a palavra é sinônimo de algumas delícias.

“Na cozinha mineira, é tudo aquilo servido com café. E também a gente inclui as sobremesas, aquelas feitas em casa. Os bolos, os biscoitos, os sequilhos, os sonhos, aquelas sobremesas especiais feitas. Comida com as frutas do quintal, por exemplo, o doce de leite, a goiabada com queijo, a compota de fruta, que é servida depois do almoço. Isso é o mineiro que chama de quitanda”, explica Rosaly.

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Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia