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Pedro Pascal relembra origem chilena e critica políticas anti-imigração de Trump

O ator, que nasceu no Chile, disse durante uma coletiva de imprensa que teve o “privilégio” de crescer nos EUA e defendeu a proteção de imigrantes no país

Pedro Pascal é estrela da série The Last Of Us.

O ator chileno Pedro Pascal usou uma coletiva de imprensa do filme “Eddington”, filme estrelado por ele e Emma Stone, para criticar as duras políticas anti-imigração adotadas pelo governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

Pascal, de 50 anos, afirmou que enquanto protagonista de “Eddington”, a situação atual enfrentado por imigrantes é “assustadora”. O filme se passa durante a pandemia de Covid-19, em 2020, e mostra uma desavença entre o xerife — interpretado por Joaquin Phoenix — e o prefeito — o ator chileno — em uma cidade no Novo México, abordando desinformação e fake news nas redes sociais.

Eu quero ver as pessoas seguras e protegidas. E eu quero viver no lado certo da história. Sou imigrante, meus pais são refugiados do Chile. Nós fugimos de uma ditadura. Tive o privilégio de crescer nos EUA e se não fosse por isso eu não sei o que teria acontecido. É por isso que eu defendo a proteção de todos os imigrantes”.
— disse o ator.

Pascal e a família deixaram a América Latina em 1976, após um golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet tomar o poder do governo socialista e democraticamente eleito do presidente Salvador Allende, no Chile. Na época, o ator tinha apenas nove meses de vida.

A família conseguiu asilo política na Dinamarca, mas pouco tempo depois conseguiram chegar em San Antonio, no Texas.

Pascal também pediu para que as pessoas continuassem “enfrentando” quem as fizessem ficar assustadas por serem quem são. “Continuem contando suas histórias, continuem se expressando e lutando para ser quem você é [...] Lute de volta. Essa é a única maneira de contar sua história e não os deixe vencer”, disse.

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Na última sexta-feira (16), a porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos divulgou que o órgão recebeu uma proposta, elaborada pelo roteirista e produtor canadense Rob Worsoff, para que fosse feito um “reality show” em que imigrantes competissem entre si pela cidadania estadunidense.

A porta-voz afirmou também que a análise da proposta está em estágio inicial e ainda não teve aval, positivo ou negativo, de Kristi Noem, chefe da pasta.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.