No primeiro balanço oficial de ocorrências relacionadas ao segundo turno das eleições municipais de 2024, a Polícia Federal apontou que 10 pessoas já foram conduzidas nas primeiras horas de votação.
Até as 9h, segundo a corporação, um inquérito policial já havia sido instaurado, assim como outros dois termos circunstanciados - documento que registra infrações penais de menor potencial ofensivo.
Segundo a PF, os crimes registrados ocorreram no Maranhão, na Paraíba e no Tocantins - estados onde há cidades com votação no segundo turno. Todos os casos estão relacionados a crimes de boca de urna e compra de votos.
Ainda segundo a PF, também foram apreendidos R$ 57 mil com as pessoas conduzidas.
Esquema de segurança
Assim como no primeiro turno, há uma operação em curso coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que mobiliza equipes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional de Segurança Pública e representantes das Secretarias de Segurança Pública dos estados.
Reunidos no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília (DF), os agentes fiscalizam, em tempo real, os registros das zonas eleitorais onde há votação nesse segundo turno.
Desde o primeiro turno, no último dia 6 de outubro, até a última quarta-feira (23), a Polícia Federal registrou 867 casos de crimes eleitorais, com 665 Inquéritos Policiais e 202 Termos Circunstanciados (TCs).
Ao longo desse período, foram conduzidas 443 pessoas, e os valores apreendidos somaram R$ 3.963.433,50 – dos quais R$ 934.887,70 em espécie.
Em 2024, as apreensões acumuladas atingem R$ 53,7 milhões (R$ 23,3 milhões em espécie), principalmente em investigações de corrupção eleitoral (compra de votos) e propaganda irregular (boca de urna).