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‘Estou dando um choque de ordem na direita’, diz Malafaia sobre críticas a Bolsonaro

Pastor evangélico chegou a chamar ex-presidente de ‘covarde’ em entrevista nesta semana

O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse nesta quinta-feira (10) que as críticas feitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Folha de S. Paulo nesta semana são um “choque de ordem na direita”.

O líder religioso concedeu uma entrevista à GloboNews em que disse, novamente, que o ex-presidente “não pode dar sinais dúbios”, em alusão à disputa pela Prefeitura de São Paulo. Malafaia também voltou a disparar contra o coach Pablo Marçal (PRTB), que teve mais de 1,7 milhão de votos na capital paulista, mas acabou ficando de fora do segundo turno.

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“Estou dando um choque de ordem na direita. Não podemos estar dúbios, não podemos abraçar um paraquedista que se apresenta. Um cara manipulador, mentiroso, criminoso, que faz técnica de manipulação, de gatilho mental, uma inteligência na rede social e manipula o povo da direita. Não posso aceitar isso”, disse Malafaia ao se referir a Marçal.

Ao longo da campanha eleitoral, o pastor evangélico criticou a conduta de Bolsonaro e outros nomes ligados à direita sobre a falta de um “apoio incisivo” a Ricardo Nunes (MDB), na disputa em São Paulo. à Folha de S. Paulo, ele chegou a chamar Bolsonaro de “covarde”.

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Segundo Malafaia, as críticas que vieram à público também foram feitas ao próprio ex-presidente e seus filhos, em particular. E voltou a repetir: “sou aliado, mas não sou alienado”.

“Não sou o único, mas um dos maiores defensores de Bolsonaro nos últimos anos. Eu seria covarde em fazer essa declaração sem antes falar com ele e os filhos. Falei para ele que não pode dar sinais dúbios. Ele tem que ser incisivo, tem que dizer: meu candidato é Nunes. E pau que venha. Eu tomei cacete de tudo quanto é lado. E daí? Não é isso que vai estragar a história de Bolsonaro”, afirmou na entrevista desta quinta (10).

Malafaia disse, ainda, que não há divisão na direita e que é legítimo que candidatos menos alinhados a Bolsonaro se candidatem. Mas ponderou que isso se dá a pessoas “com história” na política, coisa que Marçal não tem, na visão dele.

“Pablo Marçal é uma farsa que chegou de repernte. Quem é Pablo Marçal? Ele aparece em 2022 e depois some. Aparece em 2024. É um oportunista que apareceu e não tem história nenhuma na direita. Que camarada é esse da direita que, um dia depois de perder, diz que metade dos eleitores dele vão votar no Boulos?”, questionou.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.
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